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Estudantes e agricultores aprendem sobre conservação do solo e agricultura sustentável em dia de campo no CDSA

Publicado: Quinta, 20 de Abril de 2023, 16h11
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O Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da Universidade Federal de Campina Grande, abriu as portas da Área Experimental de Manejo do Solo para que mais de 200 estudantes do Ensino Fundamental e Médio de três escolas da rede municipal de Congo, Camalaú e Sumé pudessem experienciar, juntamente com agricultores, acadêmicos e professores, como a agricultura agroecológica pode, ao mesmo tempo, produzir alimentos e preservar o solo. O evento promovido pelos Laboratórios de Solos e Grupo de Pesquisa Educação em Solos, teve apoio do Centro Acadêmico de Engenharia de Biossistemas e a participação de acadêmicos das disciplinas ministradas pela professora Adriana Meira e contou com apresentações sobre as diferentes práticas conservacionistas e oficinas.

A organizadora do Dia de Campo, professora Adriana Meira da UATEC, apresentou o solo como organismo vivo e falou da importância de práticas de conservação para a sustentabilidade ambiental, enfatizando aos agricultores que o Laboratório de Fertilidade do Solo do CDSA vem trabalhando a prestação de serviço junto aos agricultores para manutenção da saúde do solo.

As estações compreenderam a área de policultura, o banco de sementes, os canteiros econômicos, os espaços de produção de pitaya, capim capiaçu, cana de açúcar, palma e sisal, além do setor de produção de compostagem, vermicompostagem e biofertilizantes. O Tecnólogo em Agroecologia, Ivson Sousa auxiliou na montagem e apresentação das atividades, com o apoio de acadêmicos e monitores da professora Adriana Meira. 

Trazendo sua colaboração, o professor José George Medeiros do CDSA dialogou com os agricultores sobre o manejo de insetos e doenças de plantas, que ocorrem em sistemas de cultivo e sobre os métodos de controles, enfatizando que o Laboratório de Fitossanidade do CDSA traz a proposta do uso de defensivos alternativos como óleos essenciais, extratos vegetais e produtos para controle biológico.

Extensão universitária e Extensão agrícola rural

O técnico extensionista da Empaer, Tarlei Gonçalves de Sousa participou do Dia de Campo juntamente com um grupo de agricultores da cidade do Congo e do Secretario de Agricultura do município, Benedito Carlos e expressou sua satisfação pela organização do evento e pelas informações que foram compartilhadas com os participantes que absorviam o conteúdo programático de forma muito intensa. “O poder da transformação por meio da comunicação, sempre necessária ao povo do campo é revelado nesses momentos e a professora Adriana e sua equipe estão de parabéns pela iniciativa. Ações como essas, que devem ser frequentes, revelam a preocupação da Instituição pela promoção da sustentabilidade ambiental e permitem aos estudantes a aproximação com a realidade dos agricultores”, disse.

Experiência pedagógica gratificante

A comissão de visitação do Congo trouxe 72 estudantes, acompanhados pelos professores Solon Farias, Maria José Barbosa, Diogo Victor e Tiago Belinho. O professor de Matemática, Solon Farias, demonstrou satisfação com o convite feito para participar do evento, e ressaltou que estes eventos proporcionam a sensibilização dos educandos para reconhecer a importância d\a conservação dos nossos solos. Ressaltou que como professor de Matemática compreende o solo como tema interdisciplinar e que essas experiências extraclasse enriquecem as práticas pedagógicas e contribuem na aprendizagem e formação de nossos estudantes. Já o professor de Língua Portuguesa, Tiago Belinho, destacou a relevância desses momentos na partilha de saberes que promovem a construção do conhecimento, onde os participantes entendem que “cada um de nós é parte essencial no cuidado com o Meio Ambiente, que o solo é vida, elemento primordial”, ressaltando que a proposta contribui para que os visitantes se sintam chamados a serem agentes transformadores do cuidado com o solo e a Natureza”. O professor agradeceu e se disse encantado pela determinação dos integrantes do Grupo de Pesquisa da professora Adriana, nas ações de Educação em Solos.

De Camalaú vieram estudantes do curso técnico em Agroecologia, da ECIT Pedro Bezerra Filho, acompanhados pelos professores Gilmar Oliveira e Luana Carvalho, que destacaram que trazer os alunos foi muito gratificante porque o ambiente é rico e sustentável e que o sistema educacional pode contribuir para a disseminação de práticas de conservação do solo e agroecológicas. “Eventos como o dia de campo organizado pela professora Adriana Meira do CDSA ajudam a ampliar o entendimento da importância do solo e é precisamos que os professores e os alunos tenham uma visão assertiva com relação a responsabilidade que todos temos para conservar a saúde e a qualidade do solo, e foi isso o que pretendemos quando eu e o professor Gilmar Oliveira trouxemos nossas turmas e voltamos agradecidos e realizados pelo entusiasmo de nossos alunos”, afirmou.

De Sumé, o professor Miguel Avelino da Escola Agrotécnica, acompanhado da estagiaria do curso de Tecnologia em Agroecologia, Dayane Lima, trouxeram uma turma do Fundamental I. Para o professor a iniciativa na acolhida desses jovens ao campus para instrução de temas tão relevantes, é uma forma expressiva do fortalecimento de parcerias. O professor revelou sua satisfação pela condução da oficina de vermicompostagem, conduzida pelo Tecnólogo em Agroecologia, Ivson Sousa. “Essa prática é extremamente importante para o solo, pois o vermicomposto é um composto orgânico rico em nutrientes, que pode ser utilizado como adubo natural para plantas e hortaliças. Além disso, ele ajuda a melhorar a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e melhorando a circulação de ar e nutrientes. Além disso, é importante ressaltar que o tema abordado no evento tem similaridade com as aulas de Práticas Agrícolas da escola, já que o adubo orgânico é um elemento crucial para o desenvolvimento de plantas e hortaliças saudáveis e saborosas. Esse tipo de experiência é fundamental para a formação dos estudantes, pois eles adquirem conhecimentos práticos e teóricos sobre temas que são fundamentais para a preservação do Meio Ambiente e para a produção de alimentos saudáveis. A oficina foi contagiante, demonstrando que as novas gerações estão cada vez mais conscientes da importância da preservação do solo e de práticas de conservação. Juntos, podemos fazer a diferença e promover um mundo mais sustentável e saudável para todos” concluiu.

Na conversa com os estudantes, a professora Adriana Meira ressaltou a urgência da separação e aproveitamento dos resíduos orgânicos para produção de adubos e explicou que práticas como desmatamento, queimadas, uso de venenos, disposição inadequada do lixo e o revolvimento do solo, ainda adotadas em diversas localidades, não podem mais ocorrer. “Essas práticas vão enfraquecendo o solo, vão contaminando, poluindo e deixando o solo exposto aos raios solares e às chuvas, criando verdadeiras feridas no solo, chamadas voçorocas, que é a erosão que vai tomando conta das áreas produtivas, causando sérios danos à saúde humana e promovendo a degradação ambiental. No mundo inteiro a ecocrise vem sendo noticiada e os relatórios de grandes instituições nacionais e internacionais relatam das perdas de solo, sendo urgentes ações de educação em solo. O momento de agir em defesa do solo é agora e precisamos unir esforços para ampliar ações para salvaguardar esse extraordinário componente da Natureza que sustenta nossas vidas”, argumentou.

As ações da Semana da Conservação do Solo se estenderão ao longo da próxima semana, com atividades em escolas de municípios parceiros e com a palestra do professor Rivaldo Vital da UAEB, na quarta feira, dia 26, às 16h, no auditório do CDSA, com o tema “Salinidade nos solos cultivados: como surge, como conviver”, aberta ao público.

Assimp CDSA/UFCG

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